terça-feira, 5 de julho de 2011

Na América profunda: o patriotismo e as bandeiras chinesas

Hoje o país parou: 4 de Julho, Dia da Independência dos Estados Unidos. Os americanos ficam loucos. É feriado nacional. Famílias saem para passear, milhares de carros, bicicletas, Harley Davidson com condutores sorridentes sem capacete, há estradas cortadas, centenas de polícias nas ruas, há fogo-de-artifício, rodas gigantes e carrosséis, pipocas, hotdogs, concursos de rodeo, de miss american wet t-shirt (muito popular nas redondezas, por sinal), concursos de miss cowgirls e até “de patriotismo”.
A cidade de Rapid City, a mais próxima do rancho onde estou alojada (a uma hora e meia de distância!), está a concorrer ao título nacional da cidade mais patriótica dos Estados Unidos. Em todo o Estado do South Dakota há literalmente milhões de bandeiras azuis e brancas: umas penduradas nas janelas, outras coladas nos postes, esticadas nas paredes, espetadas em bolos. Há balões com as cores nacionais, guardanapos, toalhas, pratos, meias, bonés, bandeirinhas portáteis nas mãos de toda a gente e estampadas em tudo o que é t’shirt: “USA in my heart”; “Love your country”; “Does my patriotism hurt you?”
Ainda não percebi se o voto para este concurso de patriotismo também é electrónico, mas sei que ninguém fala noutra coisa. Para não me olharem de lado, lá acabei por comprar uma t-shirt por 3 dólares e um chapéu à cowboy. Um sucesso! Tudo made in China. Isn´t it beautiful?

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