quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O que digo

E o que digo à minha mão se não tenho a tua?
E o que digo aos meus olhos se não te vêm?
E o que digo aos meus braços se não te sentem?
E o que faço com os lábios se não te beijo?

Antonio Canova: Cupid and Psyche

1 comentário:

  1. Pois é, o dialecto dos afectos, por natureza, é feito de interrogações e indecisões. Mas também inclui traduções inequívocas: a ausência é a mais sublime sensação arrancada à existência.

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