quinta-feira, 24 de abril de 2014

Um dia histórico

Chorar de emoção quando se termina uma emissão de Rádio não tem preço…
A TSF foi hoje arrojada, inovadora, atrevida, maravilhosa, poética, libertadora. A TSF foi “ocupada” pela voz da Cidadania para sublinhar a importância da Palavra, da Verdade, da Liberdade.
Com orgulho fui parte activa nesta iniciativa e com humildade aceito as críticas de quem não gostou deste “grito”. 
A Rádio sempre esteve associada aos grandes movimentos da História. E hoje, perdoem-me a imodéstia, fez-se história na Rádio. Foi um dos meus dias mais felizes na Rádio, a nossa grande Casa das Palavras.
Obrigada, Amada Rádio...*



Em frente ao Edifício Altejo, Lisboa, sede da TSF



Concentração "Pela Palavra" na Rua 3 da Matinha, junto à entrada do Edifício



Reportagem em Directo de um protesto/celebração "Pela Palavra"



Manifestantes começam a entrar no Edifício. TSF acompanha em Directo



Com os Livros erguidos gritando "não somos números, somos pessoas",
entram pacificamente no Edifício Altejo, distribuindo flores



Sobem as escadas, entram nos elevadores, até nos elevadores de carga,
e "invadem", orgulhosos, o Edifício Altejo até ao piso da TSF



Não páram de chegar. São homens e mulheres, velhos e crianças, de várias localidades.
Há pessoas ainda à porta a tentar entrar na "Casa das Palavras"



Querem entrar na Redacção e nos Estúdios. O Director da TSF começa
por tentar evitar a "invasão" mas acaba por ceder e autorizá-los a
entrar pacífica e ordeiramente na Redacção



Lêem excertos de livros de Autores portugueses.
Repetem palavras e respectivas definições em Dicionários.
Gritam passagens e Artigos da Constituição da República Portuguesa.



Esticam cordas nas paredes da Redacção e penduram letras e palavras. Há um
estendal de letras soltas que vão formando novas palavras como "abensonhada"



Momentos de emoção e alegria, num protesto celebrado
pela Voz dos que não são ouvidos



Uns passeavam descalços, outros em tronco nu, outros tinham terra nos punhos,
outros ainda tinham argila na cara. Uns liam Torga, outros Natália Correia,
outros Al Berto, Saramago, Pessoa, Vergílio Ferreira. Palavras à solta...


Liberdade. Hoje e sempre.



Enquanto as palavras invadiam a Casa da Rádio, os acordes musicavam a Poesia


Mágico. Histórico. Emocionante. Genial. Único.



* Parabéns ao Grupo de Teatro "O Bando" pelo trabalho excepcional. E Parabéns ao genial Fernando Alves, autor da ideia.


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