Incentivada pelo entusiasmo que ganhei com o curso de Poesia Japonesa (e com os livros de Haiku que tenho devorado), perdi a cabeça e atirei-me para uma nova aventura! Comecei ontem a aprender Japonês, propriamente dito. Estou a frequentar um Curso de Língua e Cultura Japonesas.
Ontem fui à primeira aula. Somos poucos, uns sete ou oito, contando comigo.
Estava quentinho na sala, silencioso e acolhedor. Fui recebida com uma vénia. Uma senhora japonesa que sorriu quando entrei na sala e curvou-se ligeiramente, olhando para baixo. Hesitei, não sabia se tinha de fazer o mesmo... Disse apenas boa tarde. Sorri. Mas não baixei a cabeça.
Sentei-me na primeira fila. Abri o caderno novo - sem linhas, só folhas brancas - tirei a esferográfica e, em segundos, esqueci a Merkl, que tinha estado a acompanhar todo o dia, e o Passos Coelho e a crise e a política.
Respirei fundo, como quem oxigena o cérebro. Rodei os ombros para trás, mexi levemente o pescoço. Mudei o "chip". Olhei para ela, à minha frente, enquanto ainda entravam outros alunos.
A minha professora chama-se Yuko. Yuko Kase. Magra, pele branca, cabelo negro, baixa, um metro de sessenta talvez. Vinha de cabelo apanhado com um gancho no alto da cabeça.
Trazia uma saia colorida comprida de roda, abaixo do joelho. Meias grossas de lã, botas castanhas-mel pelo meio da canela. Uma camisola de gola alta cinzenta e um casaquinho de malha também colorido, verde vivo, quase verde bandeira, também de lã, abotoado até ao pescoço.
Dedos finos, mãos delicadas, gestos suaves. Sem jóias. Sem anéis. Sem brincos. Sem colares. E sorriso fácil. Olhinhos de japonesinha. Gosto da Professora Yuko.
Sinto que se abre uma nova janela para mim. Respiro fundo. Gosto desta janela.
Ontem fui à primeira aula. Somos poucos, uns sete ou oito, contando comigo.
Estava quentinho na sala, silencioso e acolhedor. Fui recebida com uma vénia. Uma senhora japonesa que sorriu quando entrei na sala e curvou-se ligeiramente, olhando para baixo. Hesitei, não sabia se tinha de fazer o mesmo... Disse apenas boa tarde. Sorri. Mas não baixei a cabeça.
Sentei-me na primeira fila. Abri o caderno novo - sem linhas, só folhas brancas - tirei a esferográfica e, em segundos, esqueci a Merkl, que tinha estado a acompanhar todo o dia, e o Passos Coelho e a crise e a política.
Respirei fundo, como quem oxigena o cérebro. Rodei os ombros para trás, mexi levemente o pescoço. Mudei o "chip". Olhei para ela, à minha frente, enquanto ainda entravam outros alunos.
A minha professora chama-se Yuko. Yuko Kase. Magra, pele branca, cabelo negro, baixa, um metro de sessenta talvez. Vinha de cabelo apanhado com um gancho no alto da cabeça.
Trazia uma saia colorida comprida de roda, abaixo do joelho. Meias grossas de lã, botas castanhas-mel pelo meio da canela. Uma camisola de gola alta cinzenta e um casaquinho de malha também colorido, verde vivo, quase verde bandeira, também de lã, abotoado até ao pescoço.
Dedos finos, mãos delicadas, gestos suaves. Sem jóias. Sem anéis. Sem brincos. Sem colares. E sorriso fácil. Olhinhos de japonesinha. Gosto da Professora Yuko.
Sinto que se abre uma nova janela para mim. Respiro fundo. Gosto desta janela.
e fica mais interessante depois de memorizar aqueles caracteres estranhos.
ResponderEliminaraté um dia.