Uma das modernices mais populares é o pedido de amizade no Facebook.
“O não-sei-quantos enviou-te um pedido de amizade”. E se eu aceitar, com apenas
um clique, somos “amigos”. Já. Amigos instantâneos. Não é preciso esperar uns
minutos. É imediato. Nem é necessário sequer juntar água ou descongelar no
micro-ondas. “O não-sei-quantos agora é teu amigo”. Zás-trás! Mais um “amigo”.
Às vezes o pedido de amizade modernaço e instantâneo vem
acompanhado por uma mensagem pessoal. Há dias recebi uma mensagem de uma pessoa
que me pedia que aceitasse o “pedido de amisade” que tinha acabado de enviar.
Li, reli. Pedido de “amisade”? “Amisade”? Com “s”?!
Não posso ser amiga de quem não sabe escrever amizade…
Não posso ser amiga de quem não sabe escrever amizade…
Quem troca o “z” pelo “s” na amizade não sabe do que fala. Quem
troca o “z” pelo “s” na amizade há-de trocar-se também nos afectos. Quem troca
o “z” pelo “s” na amizade é bem capaz de trocar “um-amigo” por “um-umbigo”.
As letras (as palavras) fazem a diferença. Ditas e escritas.
Os afectos também. E a amizade não é apenas retórica. Ponto final parágrafo.
Falei te primeiro e descobri te depois no facebook.
ResponderEliminarPedi te amizade e tu agradeceste.
Não me engano és uma pessoa muito interessante e uma mulher muito bonita.
Obrigado pela amizade.