sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Amiquê?

Uma das modernices mais populares é o pedido de amizade no Facebook. “O não-sei-quantos enviou-te um pedido de amizade”. E se eu aceitar, com apenas um clique, somos “amigos”. Já. Amigos instantâneos. Não é preciso esperar uns minutos. É imediato. Nem é necessário sequer juntar água ou descongelar no micro-ondas. “O não-sei-quantos agora é teu amigo”. Zás-trás! Mais um “amigo”.
Às vezes o pedido de amizade modernaço e instantâneo vem acompanhado por uma mensagem pessoal. Há dias recebi uma mensagem de uma pessoa que me pedia que aceitasse o “pedido de amisade” que tinha acabado de enviar. Li, reli. Pedido de “amisade”? “Amisade”? Com “s”?!
Não posso ser amiga de quem não sabe escrever amizade…
Quem troca o “z” pelo “s” na amizade não sabe do que fala. Quem troca o “z” pelo “s” na amizade há-de trocar-se também nos afectos. Quem troca o “z” pelo “s” na amizade é bem capaz de trocar “um-amigo” por “um-umbigo”.
As letras (as palavras) fazem a diferença. Ditas e escritas. Os afectos também. E a amizade não é apenas retórica. Ponto final parágrafo.


1 comentário:

  1. Falei te primeiro e descobri te depois no facebook.
    Pedi te amizade e tu agradeceste.
    Não me engano és uma pessoa muito interessante e uma mulher muito bonita.
    Obrigado pela amizade.

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